sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Superstição ou crueldade?


Às vésperas da última sexta-feira 13 um amigo me enviou um email com o link para uma reportagem da GLOBO.COM que diz:

Paulistanos não podem adotar gatos pretos nas sextas-feiras 13
O Centro de Controle de Zoonoses da cidade de São Paulo teve que proibir a adoção desses gatos próximo à data funesta. Isso porque os veterinários da instituição temiam que os pretinhos fossem vítimas de maus-tratos ou mesmo sacrificados, algumas vezes em rituais.
Lembro que na época fiquei bastante indignada... mais ou menos como estou agora ao trazer o assunto à luz novamente.
Na idade média, pessoas eram sacrificadas com base em crenças erronêas de que elas poderiam fazer o mal. Mas isso foi há mais de meio milênio! Aliás, é dessa época sombria do nosso passado a origem do perrengue do bichano pardo:

Mas seus hábitos noturnos, decorrentes provavelmente da preferência pela caça não só de ratos, como também de répteis, pequenas aves e até mesmo a apanha de peixes, quando ela é possível, fizeram nascer e crescer na Idade Média a idéia de que ele tinha parte como demônio, principalmente se fosse preto, porque essa era a cor que simbolizava as trevas onde o diabo vivia. E essa crença chegou a tal ponto que o papa Inocêncio VIII (1432-1492) não hesitou em incluí-lo na lista dos “mais procurados” pelo tribunal eclesiástico conhecido como Inquisição, responsável pela condenação, mutilação e morte de um número indeterminado de homens e mulheres acusados da prática de bruxaria, feitiçaria ou heresia. (clique aqui para ler o texto completo de FERNANDO DANNEMANN)

É inadmissível que, em pleno século 21 - aquele mesmo que as pessoas ansiaram tanto como símbolo do progresso que comemoraram a chagada duas vezes -, alguns indivíduos ainda pratiquem atos de crueldade em nome de superstição.

Segundo a wikipédia, superstição é uma crença irracional sobre a relação causal entre certas ações ou comportamentos e ocorrências posteriores. Como, por exemplo, acreditar que cruzar com gato preto dá azar.

Mas, convenhamos, se fosse só superstição, bastaria evitar cruzar com o felino e a pessoa faria de tudo para manter distância do animal. Porém, sair do recôndito do seu lar, dias antes, ir a uma central de adoções, escolher um gatinho preto, leva-lo para casa, conviver com ele um ou dois dias e na sexta-feira 13 sacrificá-lo com violência em nome de afastar o azar... tenha santa paciência, se isso não é crueldade em seu grau mais hediondo, não sei o que é!

ps: um dos gatos mais legais que já conheci era tão preto que a gente agradecia por ele ser dentucinho, pois assim podíamos localizá-lo a noite pelo brilho dos dentes. :-)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Filme e música

Há algumas semanas revi um filme que assisti pela primeira vez em março de 2007 no cinema: Letra e música. É uma comédia romântica bem agradável, com humor refinado (o que é difícil encontrar no cinema ultimamente) e ótimas músicas - até porque a música, nesse filme, é quase um personagem.

Quem viveu os anos 80 (e não "viveu nos anos 80") vai curtir de montão as referências à cultura da época - quase uma antologia ao termo POP. Logo de cara o filme rede ótimas risadas, com o clipe da banda POP!, quase cult de tão brega :-D

Porém, mais do que a estória, o que gostei mesmo nesse filme foi a música Way Back Into Love. Ela entrou na minha mente e a impregnou com sua melodia suave e harmônica. Passei os dias seguintes cantarolando as notas do refrão.

Então ontem meu amore conseguiu para mim a trilha sonora do filme. E, como era de se esperar, hoje passei o dia ouvindo-a.

Bom, é isso: recomendo o filme e o CD. Ah, e não esqueçam a pipoca! Se tiver alguém para assistir junto, muito melhor...

Beijo para quem é de beijo e abraço para quem é de abraço.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Meu chefe é uma figura!"

Insatisfeito com seu chefe? Achando que ele não tem "style"?
Querendo experimentar um chefe novo? Ou sentindo uma vontade inexplicável [;-)] e incontrolável de tirar um sarro com ele?
Este site, onde você pode montar um chefe personalizado, não vai resolver os seus problemas, mas pode contribuir com uma relaxadinha...
Aproveite!



Beijo para quem é de beijo e abraço para quem é de abraço.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Defecacionismo ambulante" x Fazer a Coisa Certa

Considerações prévias:
Aprendi desde precoce idade, ou para aqueles que se prendem a datas, no século passado (argh), que a expressão escrita deve seguir as normas cultas de linguagem.
Portanto, cunhei (vou me permitir esse crédito, já que não vi essa expressão utilizada até então) o termo "defecacionismo ambulante" para substituir a
expressão popular de uso oral coloquial muito frequente (que, admito, a perda do trema ainda me soa como uma castração)

Esses dias descobri que em alguns lugares a prática do "defecacionismo ambulante" é bem recompensada.
Isso me fez pensar em como fica a moral (no sentido de ter fibra) do cidadão, do trabalhador, do servidor, do brasileiro, enfim do ser humano, que se esforça, algumas vezes tendo que remar contra a maré, para se manter fiel aos seus princípios e continuar fazendo o que deve/precisa ser feito.
Isso me remete à hipocrisia nossa de cada dia e de como ela é alimentada por esse tipo de equação.
Faz-me pensar no tipo de pessoa que faz um retorno proibido (pondo a vida de terceiros em risco; a dele, vamos combinar, se nem ele liga...) para economizar a gasolina que seria necessária para rolar mais alguns metros até o retorno para ir à padaria, que fica a duas quadras de casa!
Remete-me ao tipo de pessoa que reclama indignada do deputado que tem um castelo (pra lá de cafona) de 32 cômodos, mas que todo ano enche o saco dos amigos "doutores" (nessa eu me incluo) querendo um recibo "refrigerado" para incrementar os descontos na declaração do imposto de renda.
Poderia citar outros tantos comportamentos do tipo, mas quem sou eu pra ficar colocando o dedo na cara dos outros? Também tenho cara. Não sou perfeita e nem pretendo ser juiz de ninguém.
A questão é que procuro insistentemente me manter afastada desse tipo de hipócrita profissional cristalizada e praticada "naturalmente". Por isso não consigo praticar o "defecacionismo ambulante" profissionalmente, como se vê muito por aí. E por isso me incomoda vê-lo sendo tolerado, ignorado e algumas vezes até recompensado.

Numa cultura onde Fazer a Coisa Certa é cada vez menos valorizado - quem "tira vantagem" é esperto, quem age na legalidade é chato, ingênuo ou mesmo idiota - as pessoas que precisam estar com a consciência em paz na hora de colocar a cabecinha no travesseiro são obrigadas a conviver com o incômodo. O incômodo de algumas vezes cair na tentação de recorrer a uma "solução fácil", o de observar que cada vez mais pessoas caem nessa tentação, o de ver a honradez perdendo espaço para a hipocrisia...

Mas nem tudo está perdido pois, como dizemos nós PSI's, o incomodo é a mola da mudança. Então...

Póin, póin ;-)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Eu voltei! Agora pra ficar (até as férias do ano que vem)

Saudações, queridos seguidores!

Não, não estou treinando para entrar na política. :-)
Só estou alegre por poder retomar esse canal de comunicação com meus seguidores (deste blog, fique bem entendido, já que euzinha não tenho pretensões messiânicas :-D)

Queria dar mais algumas satisfações - além da já batida "meu computador blá, blá, blá" - às pessoas que me perguntaram e até cobraram o sumiço dos meus posts.
Como quase todos sabem, em janeiro estava de férias! Uhúúú

Quem pensou em praia e sol, axé, trio elétrico, viagem para o nordeste ou outros estereótipos bem batidos de férias legais enganou-se.
O que não significa que elas não tenham sido bem legais.
É só que sou uma pessoa mais para o low profile; minha curtição tende mais para cinema/DVD, pizzaria/restaurante, encontros familiares, passeios e conversas divertidas... e isso eu tive de montão.
Curti o amor, a amizade, a natureza e a cultura.
Agora, pra não (continuar) parecer(ndo) pedante, nem tudo foi um mar de rosas.
Também tive problemas de saúde, meu PC azucrinou minha paciência e outras coisitas más.
Enfim, foram férias cheias de emoções - para terminar como comecei, parafraseando o Rei (hehehe rimou!)

Beijos e bem vindos de volta!