domingo, 19 de abril de 2009

Não dói mais quando eu rio, até porque perdeu a graça

Depois de passar por três clínicos e um ortopedista, realizar uma série de exames, ser furada em vários lugares e tomar uma variedade de remédios através de quase todas as formas de administração possíveis, continuo não sabendo o que eu tenho e, pior, sentindo dor.
Atualmente estou indecisa: não sei se lanço um bolão pra ver se alguém acerta a minha 'doença' (ou quem sabe uma enquete aqui no blog), vou a outros médicos ser furada novamente ou compro uma bicicleta... Mas, crises existenciais à parte, até porque não sei andar de bicicleta, isso já está ficando muito chato!
Os médicos se reúnem em um lobby corporativista - um dos mais fortes do país - e têm ações do tipo colocar em todas as propagandas de medicamentos e substâncias afins uma recomendação de procurá-los se os sintomas persistirem, vão às mídias condenar a prática da auto-medicação, vivem se licenciando (e deixando os postos vagos e os clientes na mão) de seus serviços para se aperfeiçoar em cursos e congressos... Isso tudo para quê?
Não sabem fazer um diagnóstico sem pedir ao menos três tipos de exames diferentes; questionam os sintomas descritos pelos pacientes - principalmente se algum dos sintomas não se encaixar no diagnóstico que eles 'estão achando' que é; parecem ter medo de examinar o paciente - dos quatro que me atenderam, só um colocou as mãos em mim, mesmo assim não apalpou a região onde a dor foi referida.
Então eu me pergunto:
Como posso confiar no tratamento se os médicos não demonstram certeza quanto ao diagnóstico (dois médicos que me atenderam disseram que "deve ser distensão muscular")?
Quem sabe melhor o que está sentindo senão o paciente?
Para que pagar seguro-saúde se não sinto que minha saúde está realmente segura?
Meu namorado sugeriu, de brincadeira, uma rezadeira...
Guardando as devidas proporções, estou numa fase de tamanha descrença com a medicina que acho que vou mesmo apelar às instâncias superiores.
Bom, é isso
Desculpem o desabafo.
Beijos, sem abraços, pois não posso ser apertada.

Nenhum comentário: