segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ciladas natalinas - 1

Final de ano é sinônimo de amigo-oculto e de confraternização.
Tudo muito bonito e dentro do "espírito" natalino.
Ou pelo menos deveria...
Amigo-oculto hoje em dia está mais para: "quem é esse cara que eu tirei?" ou pior "putz, tirei fulano!"
Sem falar no fato de que as pessoas, agora, querem escolher seus presentes: algumas tem bom senso e dão várias e fáceis opções, outras nem tanto.
Então além da possibilidade de você sortear um "amigo" que não conhece ou não gosta, ainda tem que dar uma de empregado dele, se embrenhando num shopping lotado para procurar a camisa pólo "verde-caqui" tamanho G que ele viu numa arara qualquer de uma loja de departamentos qualquer [e que cabe a você descobrir onde].
E as pessoas que além de dar uma só opção de presente, ainda escolhem algo que está descaradamente acima do teto estipulado?
E os que, em flagrante desrespeito ao espírito de amizade, faltam no dia da entrega dos presentes, deixando ao pobre infeliz que ficou de mãos abanando a inglória tarefa de caça-lo depois?
Enfim... todos têm experiências para contar sobre amigos-ocultos...
Mas o que falar então das confraternizações?
Reservas de mesas, que são unidas e dispostas em fila, em restaurantes barulhentos e que fazem com que você só consiga se confraternizar com as pessoas sentadas ao seu lado, mesmo assim se falar gritando. A mesa toda vira uma gritaria só e os demais fregueses acabam participando também.
Afinal, nunca lhe aconteceu chagar a um restaurante e ter que sentar perto de uma mesa enorme onde está acontecendo um amigo-oculto? Que martírio...
E se o amigo-oculto estiver mais para amiga-oculta, aí querido seguidor, lascou tudo: a gritaria generalizada não lhe permitirá sequer se comunicar com o garçon que se abaixou e colocou a orelha quase dentro da sua boca, quanto mais com seu par do outro lado da mesa.
Mas tudo isso é em nome do espírito natalino, então, fazer o que?

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