Polêmica

Após visita ao blog do meu amigo Léo Rosetti decidi entrar (de mansinho) na discussão sobre o aborto realizado legalmente numa menina de 9 anos, que gestava gêmeos, consequência de abuso sexual perpetrado por seu padrasto (veja a reportagem aqui).

Argumento da Igreja - Aborto é pecado porque se Deus quis dar um filho à determinada mulher, quem é ela, ou seja lá quem for, para questionar os Desígnios Divinos?

Questionamento - Então por que tratamentos para engravidar também não são pecado? Afinal, se determinada pessoa é infértil, isso é um Desígnio Divino, portanto submeter-se a tratamento para fertilidade é um ato contra a vontade de Deus.

Argumento da Igreja - A mãe e os médicos envolvidos no referido aborto foram excomungados porque aborto é assassinato.

Questionamento - Então por que a Igreja não excomunga diariamente toda uma horda de assassinos, como esse alemãozinho que ganhou as manchetes recentemente por ter chacinado 15 pessoas?

Argumento da Igreja - Aborto é um pecado muito, mas muito pior do que pedofilia.

Questionamento - será que essa fala tem algo a ver com o fato de que padres não tem útero nem vagina ("pênis violento na vagina dos outros - no caso, das outras - é refresco") ou não são mulheres numa sociedade patriarcal e machista? Ou com o fato de que vira e mexe a Igreja tem que abafar alguma queixa com relação a prática de pedofilia por padres?

Gostaria de acrescentar, na maior cara de pau, que não estou me posicionando, nem defendendo determinado ponto de vista, mas apenas levantando algumas dúvidas que precisam ser discutidas.

Quando achar que (e se) devo, dou minha opinião sobre as (muitas) questões envolvidas, que vão muito além de como o aborto deve ser tratado, por hora permito-me ficar em cima do muro.

Beijos e/ou abraços