domingo, 1 de novembro de 2009

Distrito 9

Cliche!


Até aí nada de mais... Já vi inúmeros filmes cliches e até gostei muito de alguns [embora agora não me ocorra nenhum :-)].
Mas conseguir ser cliche tentanto, com afinco, ser revolucionário, isso é um acontecimento.
Temos aliens, militares sem escrúpulos, guetos, violência, mulheres apagadas e manipuláveis, bonzinho que vira vilão que vira mocinho...
Temos lições que são aprendidas na carne [ou alguém acha que o filme se passa na Africa do Sul por coincidência?] e provas sangrentas de amizade e lealdade forçadas.
Se você der uma volta pela internet e ler algumas críticas verá que as opiniões se dividem entre o amor e o ódio.
Os críticos que gostaram elogiam o formato documentário - para mim, explorado de forma exagerada e confusa [se perde no meio e é retomado no final]; a nova visão sobre os alienígenas - o enredo continuaria exatamente o mesmo se fossem cubanos, nigerianos, árabes, mas assim ficou mais "politicamente correto" [ou teria ficado politicamente incorreto justamente porque fugiram do enfrentamento direto do racismo intra raça humana apelando para racismo interplanetário?]...
Enfim, para quem quiser ler nas entrelinhas e abstrair de alguns exageros e incoerências, algumas mensagens poderosas podem ser acessadas.
Para quem não quiser, e preferir apenas momentos de entretenimento com um filme de ação, recomendaria entrar em outra sala [como, aliás, quase aconteceu conosco, por engano :-)]
Se ao invés de tentar não ser clichê, produtores, diretores e roteiristas tivessem desenvolvido melhor a mensagem teriam se saído melhor; mas, felizmente, nem tudo está perdido para essa fita, pelo menos não para os que não se importam em ter que pensar dentro do cinema.

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