quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia atípico

Ontem foi um dia atípico.
Acordei cedo (não que não acorde nos outros dias, mas tinha que começar o relato do dia do começo, ok!), tomei um café rápido e fui me meter no meio de um monte de papéis (não que também não faça isso outros dias, mas... ah, deixa pra lá).
Iria participar de uma seleção as 14horas e precisava juntar os comprovantes do meu currículo para a prova de títulos. Agora você deve estar rindo e pensando "mania de brasileiro, deixa tudo pra última hora". Se pensou isso, meu amigo, lamento informá-lo, mas você não me conhece. Lembra que eu disse lá em cima que o dia foi atípico? pois é...
Sem experiência nesse lance de "última hora" é claro que acabei me enrolando. Juntei tudo, mas ainda faltava fazer as cópias.
Como foi aniversário do meu pai, dei-lhe o presente antes de sair de casa e ele fez cara de surpresa e depois explicou que havia esquecido que era hoje (TOTALMENTE ATÍPICO!!! Meu pai sempre avisa o próprio aniversário com pelo menos dois meses de antecedência); disse que deixaria para abrir depois de almoçar [meu Deus, o que está acontecendo com o mundo?!?!] e eu perdi a chance de ver a cara dele ao abrir um dos poucos presentes dos quais ele não iria se queixar nos últimos anos, uma camisa do fluminense!
Resolvi chegar mais cedo ao local da seleção (UNIRIO) pois toda universidade que se preza é o paraíso do anti-copyright e tem toneladas de copiadoras espalhadas pelo campus.
No caminho, que eu fiz o favor de quase esquecer e me manter a direita quando logo teria que entrar a esquerda, quase colidi com uma 'patamo' [jeito carinhoso com que nós cariocas nos referimos às viaturas da polícia militar]! E quando eu disse quase, quis dizer quase mesmo, a viatura chegou a desviar de mim. Qualquer pessoa normal teria ficado nervosa. Eu desatei a rir. E não foi um riso nervoso, foi uma gargalhada desavergonhada pelo peculiar da situação. Logo eu que sempre brinco com o fato do meu pai ter colidido na traseira de um carro-forte :-D...
Cheguei na UNIRIO às 13:30, depois de me perder [o que não teve nada de atípico :-(] e gastar um tempão procurando o prédio, e logo fui procurar um serviço de cópias. Fui informada pelo vigilante que havia uma no subsolo [que ele deveria ter chamado de "terra da quinquilharia"]. Lá chegando vi um bilhete na porta que dizia: "Fui almoçar, volto às 14:00". Dei 'olá' para Murphy e fui procurar em outros prédios.
Ah, esqueci de dizer que estava um calor ATÍPICO para o outono e o meu visual "estou-chique-para-a-entrevista" envolvia camisa social de manga 3/4 e botas. Quando consegui fazer as cópias e organizá-las por data [afinal, não foi porque o dia foi atípico que ia deixar minha virginianice de lado], já estava cansada, suada e descabelada!
Antes da entrevista conheci minha concorrente direta e a achei simpática, o que dificultou meus planos de hostilizá-la [:-)]. Muito atipicamente, não estava nervosa e acho que me saí bem.
Depois do processo saí satisfeita por ter dado certo, apesar de tudo. Agora é só esperar o resultado. Se for aprovada ficarei muito feliz, mas se não for...
É porque não era pra ser. Não estou ansiosa com isso.
Atípico, não? ;-)

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